História e Estórias da LAND ROVER
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História e Estórias da LAND ROVER
O nascimento da marca de que todos tanto gostamos está, como qualquer outro nome carismático, cheia de mistérios e estranhas coincidências. Estas fazem parte da mística da marca.
Este texto reflecte as minhas pesquisas em vários livros, revistas, newsletters e na internet, sendo baseado naquilo que me parece mais plausível e em registos escritos a que tive acesso, especialmente através do Series I Register 1947-1951, de que sou membro.
O Nome LAND ROVER
Embora a autoria do nome LAND ROVER seja, na maioria das vezes, atribuído a Maurice Wilks, em 1947, parece que este terá tido a sua origem alguns anos antes da II Grande Guerra.
Segundo o reputado historiador da LAND ROVER, John Smith, um dos irmãos Wilks, Spencer, terá comprado, em meados dos anos 30, um antiga escola, situada em Glenegedale, na Ilha de Islay, no arquipélago das Inner Hebrides, situadas junto à costa oeste da Escócia.
Por essa altura as estradas da ilha eram praticamente inexistentes e Spencer Wilks, à altura executivo da Rover Car Co., pediu aos seus colegas para que lhe modificassem a suspensão do seu Rover 10 P2, para que o mesmo pudesse circular nos “maus caminhos” que levavam à escola, agora transformada na sua casa de férias.
Este veículo, com a sua suspensão mais alta que o habitual chamava a atenção dos habitantes locais. Certo dia, um agricultor, chamado Fraser, sem se impressionar com as capacidades do Rover, ter-se-á dirigido a Spencer dizendo-lhe que o que ele necessitava era de um “…proper LAND ROVER”, o que numa tradução à letra nos dá “ … um Rover próprio para a terra”.
Spencer Wilks terá fixado este nome e comentado com o irmão Maurice mas, por esta altura, a Rover não tinha quaisquer planos para construir 4x4’s, estando ainda completamente envolvida no fabrico de carros de prestígio. No entanto, o nome terá ficado gravado na memória dos irmão Wilks.
Alguns anos mais tarde, em 1947, a Rover Co. estava, agora sim, interessada em desenvolver uma linha de veículos utilitários e assim, a 16 de Outubro de 1947, o conselho de administração da empresa acaba por aprovar o nome “LAND ROVER”.
Embora o nome aprovado pela Rover fosse LAND ROVER, sem hífen (-), os primeiros veículos da marca possuíam um logotipo onde as duas palavras apareciam ligadas pelo hífen, o que fez com que se adoptasse a designação Land-Rover e, mais tarde, LAND ROVER.
Os Willys e f#rd do Exército Americano e o(s) “Centre Steer”
Em Setembro de 1947, um funcionário da Rover Co. tira várias fotos àquilo que parecia ser um Willys GP (General Purpose), mas com o volante ao centro. Este veículo ficou conhecido como o “Centre Steer”, ou seja, “Direcção ao Centro”.
Por essa altura, testemunhos de outros funcionários levam a crer na existência de um segundo veículo, do mesmo tipo, mas este sem carroçaria, apenas destinado a testes de torção. Até hoje estes dois veículos, que se acredita terem sido desmantelados, são o Santo Graal dos coleccionadores da marca.
Para se compreender o aparecimento destes veículos, desenvolvidos por uma marca que fabricava carros de prestígio, temos que recuar um pouco no tempo e analisar a situação na Inglaterra nos anos que se seguiram à guerra. O país está ainda em reconstrução e faltam muitas matérias-primas essenciais, que estão sujeitas a racionamento pelo estado. Uma destas matérias-primas é o aço, essencial ao fabrico de automóveis.
Esse racionamento causou muitos problemas à Rover, que sem aço não podia construir os seus veículos. Mas a Rover tinha problemas adicionais. De facto, a sua linha de automóveis estava envelhecida, sobrevivendo a marca da venda de veículos com um design ultrapassado e com poucas unidades exportadas (a exportação era fundamental para que o governo atribuísse quotas de aço).
Um outro factor veio juntar-se a esta situação. Em Fevereiro de 1947 a Inglaterra foi atingida por um Inverno extremamente rigoroso, com temperaturas na ordem dos -21ºC e com nevões intensos. A 5 de Março de 1947, um nevão que ficou conhecido como “The Great Midlands Snowstorm” interrompeu a mais movimentada estrada do país. Tudo isto faz com que a Rover parasse a produção por cerca de 3 semanas e, quando a mesma retoma, é apenas em turnos de 3 dias por semana devido à escassez de combustíveis.
No entanto, esta tempestade terá uma importância fulcral no aparecimento dos primeiros LAND ROVER. De facto, uma das zonas mais afectadas foi aquela onde habitava Maurice Wilks (director técnico da Rover Co.), Kenilworth. Aqui, Maurice já não conseguia chegar a sua casa, Blackdown Manor, com o seu Rover P2, pois este não tinha tracção para vencer os 100m de caminho ascendente cheios de neve e gelo, que ligavam a estrada à habitação.
Maurice Wilks teve que pedir ao seu vizinho, um Coronel de Exército Britânico de nome Nash, que lhe emprestasse o seu veículo. Este era, nem mais nem menos, um Willys GP, de matícula FWD 534, que tinha servido durante a guerra o exército Americano, sendo portanto um veículo de volante à esquerda, contrariamente aos utilizados normalmente na Inglaterra. Maurice Wilks utilizou este Willys como transporte para casa e como limpa neves durante alguns dias.
A 16 de Março de 1947 o Inverno termina abruptamente com uma subida de temperatura que traz chuva intensa e ventos na ordem dos 150 km/h, causando inundações e quedas de árvores. O acesso à casa da família Wilks fica agora bloqueado pelas árvores caídas, muitas delas antigas e volumosas, sendo impossível a sua remoção com o Willys. De notar que estes veículos, desenhados para aplicações bélicas, não possuíam tomadas de força. Maurice Wilks teve que recorrer a um depósito de material de guerra excedentário, para adquirir um veículo capaz de limpar o caminho. A escolha recaiu numa robusta Lloyd Infantry Carrier, equipada com lagartas, com a qual conseguiu retirar as árvores caídas.
No final da primavera Maurice Wilks não tem utilidade para um veículo tão grande, e acaba por negociar a troca com o seu vizinho, o Coronel Nash, que fica com a Lloyd por troca do Willys e de uma serra circular.
Nessa Páscoa a família Wilks dirige-se, como habitualmente, para umas férias no País de Gales, mais precisamente para Llanddona Beach, na reserva natural de Red Wharf Bay.
Parte do trabalho de Maurice Wilks para a Rover Co. consistia em analisar viaturas construídas pelos seus concorrentes e, para estas férias, levou consigo um Studebaker Champion Regal (veículo que seria usado no desenvolvimento do Rover P4), deixando o Willys em Kenilworth.
Alguns dias depois Maurice, que está na praia com os 3 filhos, a ama destes, e a sua esposa Bárbara, recebe a visita do seu irmão Spencer e de um amigo comum, o Bispo Warren Hunt. Nesse dia, em conversa na praia, Maurice começa a fazer uns esboços na areia e a dizer que gostaria de ter um veículo que lhe permitisse andar na areia com os filhos e percorrer os difíceis caminhos à volta do hotel. Segundo os presentes neste dia, Maurice ia ficando cada vez mais excitado à medida que falava e desenhava na areia. Estes desenhos na areia foram depois copiados por Maurice para o seu diário.
Katheleen Griffith, a ama dos 3 filhos de Maurice, afirma também que, um dia ao entrar na casa de banho de Blackdown Manor, encontrou as paredes cheias de desenhos idênticos aos que Maurice havia feito na areia.
Essas notas no diário seriam a origem do Centre Steer e daquele que viria a ser o Series I.
As primeiras fotografias conhecidas de um LAND ROVER Series I (excepto o Centre Steer) datam de 19 de Janeiro de 1948, ou seja, cerca de nove meses após as primeiras notas na areia e no diário, em mais uma fantástica coincidência.
Estas fotografias representam alguns dos modelos de pré-produção, com chassis numerados R ou L (conforme tivessem volante à direita ou à esquerda) 01 a 48. Destes pré- produção existem ainda cerca de 20 dos 48 produzidos.
A 30 Abril de 1948 os primeiros LAND ROVER são apresentados ao público no Salão de Amesterdão, e inicia-se a sua comercialização. O preço de lançamento são £450,00. A produção terá inicio 3 meses depois, em Julho e, durante o primeiro ano, serão produzidos 3048 veículos.
O primeiro LAND ROVER de pré produção, com o chassis R01, foi matriculado HUE 166, tendo sido vendido a um agricultor de Warwickshire.
Foi mais tarde adquirido novamente pela LAND ROVER que o restaurou, estando hoje em perfeito estado em exposição permanente na British Motor Industry Heritage Trust (BMIHT).
Maurice conseguiu, finalmente, em Junho de 1948, levar o seu primeiro LAND ROVER para a praia de Red Wharf Bay. Era o Series I com o chassis R28, matriculado GWD 745 a 15/6/48.
Para a história ficam também todos os protagonistas na fábrica, a saber, Maurice Wilks (Director Técnico), Robert Boyle (Engenheiro Chefe), Tom Barton e Gordon Bashford (Gabinete de Desenho), Joe Drinkwater (Motores), Frank Shaw (Transmissões) e o autor do desenho final do Séries I, Sam Ostler. Em 1954, Tom Barton seria nomeado Director de Desenvolvimento da LAND ROVER, uma posição que manteve por cerca de 25 anos, até à sua reforma em 1980, ficando carinhosamente conhecido como o Sr. LAND ROVER.
A chegada dos primeiros LAND ROVER a Portugal, e são 6, dá-se em Outubro de 1948, mas isso já é uma outra história.
Este texto reflecte as minhas pesquisas em vários livros, revistas, newsletters e na internet, sendo baseado naquilo que me parece mais plausível e em registos escritos a que tive acesso, especialmente através do Series I Register 1947-1951, de que sou membro.
O Nome LAND ROVER
Embora a autoria do nome LAND ROVER seja, na maioria das vezes, atribuído a Maurice Wilks, em 1947, parece que este terá tido a sua origem alguns anos antes da II Grande Guerra.
Segundo o reputado historiador da LAND ROVER, John Smith, um dos irmãos Wilks, Spencer, terá comprado, em meados dos anos 30, um antiga escola, situada em Glenegedale, na Ilha de Islay, no arquipélago das Inner Hebrides, situadas junto à costa oeste da Escócia.
Por essa altura as estradas da ilha eram praticamente inexistentes e Spencer Wilks, à altura executivo da Rover Car Co., pediu aos seus colegas para que lhe modificassem a suspensão do seu Rover 10 P2, para que o mesmo pudesse circular nos “maus caminhos” que levavam à escola, agora transformada na sua casa de férias.
Este veículo, com a sua suspensão mais alta que o habitual chamava a atenção dos habitantes locais. Certo dia, um agricultor, chamado Fraser, sem se impressionar com as capacidades do Rover, ter-se-á dirigido a Spencer dizendo-lhe que o que ele necessitava era de um “…proper LAND ROVER”, o que numa tradução à letra nos dá “ … um Rover próprio para a terra”.
Spencer Wilks terá fixado este nome e comentado com o irmão Maurice mas, por esta altura, a Rover não tinha quaisquer planos para construir 4x4’s, estando ainda completamente envolvida no fabrico de carros de prestígio. No entanto, o nome terá ficado gravado na memória dos irmão Wilks.
Alguns anos mais tarde, em 1947, a Rover Co. estava, agora sim, interessada em desenvolver uma linha de veículos utilitários e assim, a 16 de Outubro de 1947, o conselho de administração da empresa acaba por aprovar o nome “LAND ROVER”.
Embora o nome aprovado pela Rover fosse LAND ROVER, sem hífen (-), os primeiros veículos da marca possuíam um logotipo onde as duas palavras apareciam ligadas pelo hífen, o que fez com que se adoptasse a designação Land-Rover e, mais tarde, LAND ROVER.
Os Willys e f#rd do Exército Americano e o(s) “Centre Steer”
Em Setembro de 1947, um funcionário da Rover Co. tira várias fotos àquilo que parecia ser um Willys GP (General Purpose), mas com o volante ao centro. Este veículo ficou conhecido como o “Centre Steer”, ou seja, “Direcção ao Centro”.
Por essa altura, testemunhos de outros funcionários levam a crer na existência de um segundo veículo, do mesmo tipo, mas este sem carroçaria, apenas destinado a testes de torção. Até hoje estes dois veículos, que se acredita terem sido desmantelados, são o Santo Graal dos coleccionadores da marca.
Para se compreender o aparecimento destes veículos, desenvolvidos por uma marca que fabricava carros de prestígio, temos que recuar um pouco no tempo e analisar a situação na Inglaterra nos anos que se seguiram à guerra. O país está ainda em reconstrução e faltam muitas matérias-primas essenciais, que estão sujeitas a racionamento pelo estado. Uma destas matérias-primas é o aço, essencial ao fabrico de automóveis.
Esse racionamento causou muitos problemas à Rover, que sem aço não podia construir os seus veículos. Mas a Rover tinha problemas adicionais. De facto, a sua linha de automóveis estava envelhecida, sobrevivendo a marca da venda de veículos com um design ultrapassado e com poucas unidades exportadas (a exportação era fundamental para que o governo atribuísse quotas de aço).
Um outro factor veio juntar-se a esta situação. Em Fevereiro de 1947 a Inglaterra foi atingida por um Inverno extremamente rigoroso, com temperaturas na ordem dos -21ºC e com nevões intensos. A 5 de Março de 1947, um nevão que ficou conhecido como “The Great Midlands Snowstorm” interrompeu a mais movimentada estrada do país. Tudo isto faz com que a Rover parasse a produção por cerca de 3 semanas e, quando a mesma retoma, é apenas em turnos de 3 dias por semana devido à escassez de combustíveis.
No entanto, esta tempestade terá uma importância fulcral no aparecimento dos primeiros LAND ROVER. De facto, uma das zonas mais afectadas foi aquela onde habitava Maurice Wilks (director técnico da Rover Co.), Kenilworth. Aqui, Maurice já não conseguia chegar a sua casa, Blackdown Manor, com o seu Rover P2, pois este não tinha tracção para vencer os 100m de caminho ascendente cheios de neve e gelo, que ligavam a estrada à habitação.
Maurice Wilks teve que pedir ao seu vizinho, um Coronel de Exército Britânico de nome Nash, que lhe emprestasse o seu veículo. Este era, nem mais nem menos, um Willys GP, de matícula FWD 534, que tinha servido durante a guerra o exército Americano, sendo portanto um veículo de volante à esquerda, contrariamente aos utilizados normalmente na Inglaterra. Maurice Wilks utilizou este Willys como transporte para casa e como limpa neves durante alguns dias.
A 16 de Março de 1947 o Inverno termina abruptamente com uma subida de temperatura que traz chuva intensa e ventos na ordem dos 150 km/h, causando inundações e quedas de árvores. O acesso à casa da família Wilks fica agora bloqueado pelas árvores caídas, muitas delas antigas e volumosas, sendo impossível a sua remoção com o Willys. De notar que estes veículos, desenhados para aplicações bélicas, não possuíam tomadas de força. Maurice Wilks teve que recorrer a um depósito de material de guerra excedentário, para adquirir um veículo capaz de limpar o caminho. A escolha recaiu numa robusta Lloyd Infantry Carrier, equipada com lagartas, com a qual conseguiu retirar as árvores caídas.
No final da primavera Maurice Wilks não tem utilidade para um veículo tão grande, e acaba por negociar a troca com o seu vizinho, o Coronel Nash, que fica com a Lloyd por troca do Willys e de uma serra circular.
Nessa Páscoa a família Wilks dirige-se, como habitualmente, para umas férias no País de Gales, mais precisamente para Llanddona Beach, na reserva natural de Red Wharf Bay.
Parte do trabalho de Maurice Wilks para a Rover Co. consistia em analisar viaturas construídas pelos seus concorrentes e, para estas férias, levou consigo um Studebaker Champion Regal (veículo que seria usado no desenvolvimento do Rover P4), deixando o Willys em Kenilworth.
Alguns dias depois Maurice, que está na praia com os 3 filhos, a ama destes, e a sua esposa Bárbara, recebe a visita do seu irmão Spencer e de um amigo comum, o Bispo Warren Hunt. Nesse dia, em conversa na praia, Maurice começa a fazer uns esboços na areia e a dizer que gostaria de ter um veículo que lhe permitisse andar na areia com os filhos e percorrer os difíceis caminhos à volta do hotel. Segundo os presentes neste dia, Maurice ia ficando cada vez mais excitado à medida que falava e desenhava na areia. Estes desenhos na areia foram depois copiados por Maurice para o seu diário.
Katheleen Griffith, a ama dos 3 filhos de Maurice, afirma também que, um dia ao entrar na casa de banho de Blackdown Manor, encontrou as paredes cheias de desenhos idênticos aos que Maurice havia feito na areia.
Essas notas no diário seriam a origem do Centre Steer e daquele que viria a ser o Series I.
As primeiras fotografias conhecidas de um LAND ROVER Series I (excepto o Centre Steer) datam de 19 de Janeiro de 1948, ou seja, cerca de nove meses após as primeiras notas na areia e no diário, em mais uma fantástica coincidência.
Estas fotografias representam alguns dos modelos de pré-produção, com chassis numerados R ou L (conforme tivessem volante à direita ou à esquerda) 01 a 48. Destes pré- produção existem ainda cerca de 20 dos 48 produzidos.
A 30 Abril de 1948 os primeiros LAND ROVER são apresentados ao público no Salão de Amesterdão, e inicia-se a sua comercialização. O preço de lançamento são £450,00. A produção terá inicio 3 meses depois, em Julho e, durante o primeiro ano, serão produzidos 3048 veículos.
O primeiro LAND ROVER de pré produção, com o chassis R01, foi matriculado HUE 166, tendo sido vendido a um agricultor de Warwickshire.
Foi mais tarde adquirido novamente pela LAND ROVER que o restaurou, estando hoje em perfeito estado em exposição permanente na British Motor Industry Heritage Trust (BMIHT).
Maurice conseguiu, finalmente, em Junho de 1948, levar o seu primeiro LAND ROVER para a praia de Red Wharf Bay. Era o Series I com o chassis R28, matriculado GWD 745 a 15/6/48.
Para a história ficam também todos os protagonistas na fábrica, a saber, Maurice Wilks (Director Técnico), Robert Boyle (Engenheiro Chefe), Tom Barton e Gordon Bashford (Gabinete de Desenho), Joe Drinkwater (Motores), Frank Shaw (Transmissões) e o autor do desenho final do Séries I, Sam Ostler. Em 1954, Tom Barton seria nomeado Director de Desenvolvimento da LAND ROVER, uma posição que manteve por cerca de 25 anos, até à sua reforma em 1980, ficando carinhosamente conhecido como o Sr. LAND ROVER.
A chegada dos primeiros LAND ROVER a Portugal, e são 6, dá-se em Outubro de 1948, mas isso já é uma outra história.
Última edição por ruimarinho em 02 mai 2008 09:44, editado 1 vez no total.
Saudações LR,
Rui Marinho
Rui Marinho
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Boas!
Pois, a história por cá é bem mail dificil, pois a informação não abunda.
Os registos estão guardados em Évora e não dão acesso ao público para se fazer as pesquisas dos proprietários originais, o que nos poderia levar (mesmo que alguns já tenham falecido, suponho) a reconstituir as coisas com mais detalhe.
De qualquer forma, para Portugal vieram, em Outubro de 48, 6 Series I, com os seguintes nº de chassis :
L860085
L860140
L860242
L860243
L8612??
L86????
L = LHD ou Left Hand Drive / Volante à Esquerda
8 = 1948
6 = LAND ROVER
XXXX = Nº sequêncial de saída da fábrica
Que foram matriculados, respectivamente, com:
LA-15-32 (o meu - quase restaurado )
LA-15-33 (do André Fortunato - V. N. Poiares)
LA-15-34 (na minha posse, como doador para o 32)
LA-15-35 (dos B.V. de V.N. Poiares, em funcionamento)
Os outros dois aínda não descobri as matriculas, mas hei de lá chegar.
Abraço,
Pois, a história por cá é bem mail dificil, pois a informação não abunda.
Os registos estão guardados em Évora e não dão acesso ao público para se fazer as pesquisas dos proprietários originais, o que nos poderia levar (mesmo que alguns já tenham falecido, suponho) a reconstituir as coisas com mais detalhe.
De qualquer forma, para Portugal vieram, em Outubro de 48, 6 Series I, com os seguintes nº de chassis :
L860085
L860140
L860242
L860243
L8612??
L86????
L = LHD ou Left Hand Drive / Volante à Esquerda
8 = 1948
6 = LAND ROVER
XXXX = Nº sequêncial de saída da fábrica
Que foram matriculados, respectivamente, com:
LA-15-32 (o meu - quase restaurado )
LA-15-33 (do André Fortunato - V. N. Poiares)
LA-15-34 (na minha posse, como doador para o 32)
LA-15-35 (dos B.V. de V.N. Poiares, em funcionamento)
Os outros dois aínda não descobri as matriculas, mas hei de lá chegar.
Abraço,
Saudações LR,
Rui Marinho
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Antes de mais quero dar os meus parabéns ao Rui pelo excelente trabalho e salientar que o vou escrever não é de forma alguma para descredibilizar o Rui nem por em causa o que ele escreveu .
Então cá vai : a minha paixão pela LR já é antiga e uma certa altura comprei uma revista em quer era relatada a Historia da LR e segundo o artigo o facto do primeiro LAND ROVER ter o volante ao centro era porque a intenção do sr Wilks construir um tractor pequeno e pratico. Por esse mesmo motivo os chassis tem uns buracos para ligar a tomada de força as alfaias agrícolas.
Ouseja só a LAND ROVER é que fez um jipe (protótipo) com o volante ao centro as fotos que aparecem são desse protótipo.
Com isto tudo não quero dizer que aquilo que o Rui escreveu não seja valido
Antes de mais quero dar os meus parabéns ao Rui pelo excelente trabalho e salientar que o vou escrever não é de forma alguma para descredibilizar o Rui nem por em causa o que ele escreveu .
Então cá vai : a minha paixão pela LR já é antiga e uma certa altura comprei uma revista em quer era relatada a Historia da LR e segundo o artigo o facto do primeiro LAND ROVER ter o volante ao centro era porque a intenção do sr Wilks construir um tractor pequeno e pratico. Por esse mesmo motivo os chassis tem uns buracos para ligar a tomada de força as alfaias agrícolas.
Ouseja só a LAND ROVER é que fez um jipe (protótipo) com o volante ao centro as fotos que aparecem são desse protótipo.
Com isto tudo não quero dizer que aquilo que o Rui escreveu não seja valido
Filipe Neves
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Re: História e Estórias da LAND ROVER
ruimarinho Escreveu:O nascimento da marca de que todos tanto gostamos está, como qualquer outro nome carismático, cheia de mistérios e estranhas coincidências. Estas fazem parte da mística da marca.
Este texto reflecte as minhas pesquisas em vários livros, revistas, newsletters e na internet, sendo baseado naquilo que me parece mais plausível e em registos escritos a que tive acesso, especialmente através do Series I Register 1947-1951, de que sou membro.
O Nome LAND ROVER
Embora a autoria do nome LAND ROVER seja, na maioria das vezes, atribuído a Maurice Wilks, em 1947, parece que este terá tido a sua origem alguns anos antes da II Grande Guerra.
Segundo o reputado historiador da LAND ROVER, John Smith, um dos irmãos Wilks, Spencer, terá comprado, em meados dos anos 30, um antiga escola, situada em Glenegedale, na Ilha de Islay, no arquipélago das Inner Hebrides, situadas junto à costa oeste da Escócia.
Por essa altura as estradas da ilha eram praticamente inexistentes e Spencer Wilks, à altura executivo da Rover Car Co., pediu aos seus colegas para que lhe modificassem a suspensão do seu Rover 10 P2, para que o mesmo pudesse circular nos “maus caminhos” que levavam à escola, agora transformada na sua casa de férias.
Este veículo, com a sua suspensão mais alta que o habitual chamava a atenção dos habitantes locais. Certo dia, um agricultor, chamado Fraser, sem se impressionar com as capacidades do Rover, ter-se-á dirigido a Spencer dizendo-lhe que o que ele necessitava era de um “…proper LAND ROVER”, o que numa tradução à letra nos dá “ … um Rover próprio para a terra”.
Spencer Wilks terá fixado este nome e comentado com o irmão Maurice mas, por esta altura, a Rover não tinha quaisquer planos para construir 4x4’s, estando ainda completamente envolvida no fabrico de carros de prestígio. No entanto, o nome terá ficado gravado na memória dos irmão Wilks.
Alguns anos mais tarde, em 1947, a Rover Co. estava, agora sim, interessada em desenvolver uma linha de veículos utilitários e assim, a 16 de Outubro de 1947, o conselho de administração da empresa acaba por aprovar o nome “LAND ROVER”.
Embora o nome aprovado pela Rover fosse LAND ROVER, sem hífen (-), os primeiros veículos da marca possuíam um logotipo onde as duas palavras apareciam ligadas pelo hífen, o que fez com que se adoptasse a designação Land-Rover e, mais tarde, LAND ROVER.
Os Willys e f#rd do Exército Americano e o(s) “Centre Steer”
Em Setembro de 1947, um funcionário da Rover Co. tira várias fotos àquilo que parecia ser um Willys GP (General Purpose), mas com o volante ao centro. Este veículo ficou conhecido como o “Centre Steer”, ou seja, “Direcção ao Centro”.
Por essa altura, testemunhos de outros funcionários levam a crer na existência de um segundo veículo, do mesmo tipo, mas este sem carroçaria, apenas destinado a testes de torção. Até hoje estes dois veículos, que se acredita terem sido desmantelados, são o Santo Graal dos coleccionadores da marca.
Para se compreender o aparecimento destes veículos, desenvolvidos por uma marca que fabricava carros de prestígio, temos que recuar um pouco no tempo e analisar a situação na Inglaterra nos anos que se seguiram à guerra. O país está ainda em reconstrução e faltam muitas matérias-primas essenciais, que estão sujeitas a racionamento pelo estado. Uma destas matérias-primas é o aço, essencial ao fabrico de automóveis.
Esse racionamento causou muitos problemas à Rover, que sem aço não podia construir os seus veículos. Mas a Rover tinha problemas adicionais. De facto, a sua linha de automóveis estava envelhecida, sobrevivendo a marca da venda de veículos com um design ultrapassado e com poucas unidades exportadas (a exportação era fundamental para que o governo atribuísse quotas de aço).
Um outro factor veio juntar-se a esta situação. Em Fevereiro de 1947 a Inglaterra foi atingida por um Inverno extremamente rigoroso, com temperaturas na ordem dos -21ºC e com nevões intensos. A 5 de Março de 1947, um nevão que ficou conhecido como “The Great Midlands Snowstorm” interrompeu a mais movimentada estrada do país. Tudo isto faz com que a Rover parasse a produção por cerca de 3 semanas e, quando a mesma retoma, é apenas em turnos de 3 dias por semana devido à escassez de combustíveis.
No entanto, esta tempestade terá uma importância fulcral no aparecimento dos primeiros LAND ROVER. De facto, uma das zonas mais afectadas foi aquela onde habitava Maurice Wilks (director técnico da Rover Co.), Kenilworth. Aqui, Maurice já não conseguia chegar a sua casa, Blackdown Manor, com o seu Rover P2, pois este não tinha tracção para vencer os 100m de caminho ascendente cheios de neve e gelo, que ligavam a estrada à habitação.
Maurice Wilks teve que pedir ao seu vizinho, um Coronel de Exército Britânico de nome Nash, que lhe emprestasse o seu veículo. Este era, nem mais nem menos, um Willys GP, de matícula FWD 534, que tinha servido durante a guerra o exército Americano, sendo portanto um veículo de volante à esquerda, contrariamente aos utilizados normalmente na Inglaterra. Maurice Wilks utilizou este Willys como transporte para casa e como limpa neves durante alguns dias.
A 16 de Março de 1947 o Inverno termina abruptamente com uma subida de temperatura que traz chuva intensa e ventos na ordem dos 150 km/h, causando inundações e quedas de árvores. O acesso à casa da família Wilks fica agora bloqueado pelas árvores caídas, muitas delas antigas e volumosas, sendo impossível a sua remoção com o Willys. De notar que estes veículos, desenhados para aplicações bélicas, não possuíam tomadas de força. Maurice Wilks teve que recorrer a um depósito de material de guerra excedentário, para adquirir um veículo capaz de limpar o caminho. A escolha recaiu numa robusta Lloyd Infantry Carrier, equipada com lagartas, com a qual conseguiu retirar as árvores caídas.
No final da primavera Maurice Wilks não tem utilidade para um veículo tão grande, e acaba por negociar a troca com o seu vizinho, o Coronel Nash, que fica com a Lloyd por troca do Willys e de uma serra circular.
Nessa Páscoa a família Wilks dirige-se, como habitualmente, para umas férias no País de Gales, mais precisamente para Llanddona Beach, na reserva natural de Red Wharf Bay.
Parte do trabalho de Maurice Wilks para a Rover Co. consistia em analisar viaturas construídas pelos seus concorrentes e, para estas férias, levou consigo um Studebaker Champion Regal (veículo que seria usado no desenvolvimento do Rover P4), deixando o Willys em Kenilworth.
Alguns dias depois Maurice, que está na praia com os 3 filhos, a ama destes, e a sua esposa Bárbara, recebe a visita do seu irmão Spencer e de um amigo comum, o Bispo Warren Hunt. Nesse dia, em conversa na praia, Maurice começa a fazer uns esboços na areia e a dizer que gostaria de ter um veículo que lhe permitisse andar na areia com os filhos e percorrer os difíceis caminhos à volta do hotel. Segundo os presentes neste dia, Maurice ia ficando cada vez mais excitado à medida que falava e desenhava na areia. Estes desenhos na areia foram depois copiados por Maurice para o seu diário.
Katheleen Griffith, a ama dos 3 filhos de Maurice, afirma também que, um dia ao entrar na casa de banho de Blackdown Manor, encontrou as paredes cheias de desenhos idênticos aos que Maurice havia feito na areia.
Essas notas no diário seriam a origem do Centre Steer e daquele que viria a ser o Series I.
As primeiras fotografias conhecidas de um LAND ROVER Series I (excepto o Centre Steer) datam de 19 de Janeiro de 1948, ou seja, cerca de nove meses após as primeiras notas na areia e no diário, em mais uma fantástica coincidência.
Estas fotografias representam alguns dos modelos de pré-produção, com chassis numerados R ou L (conforme tivessem volante à direita ou à esquerda) 01 a 48. Destes pré- produção existem ainda cerca de 20 dos 48 produzidos.
A 30 Abril de 1948 os primeiros LAND ROVER são apresentados ao público no Salão de Amesterdão, e inicia-se a sua comercialização. O preço de lançamento são £450,00. A produção terá inicio 3 meses depois, em Julho e, durante o primeiro ano, serão produzidos 3048 veículos.
O primeiro LAND ROVER de pré produção, com o chassis R01, foi matriculado HUE 166, tendo sido vendido a um agricultor de Warwickshire.
Foi mais tarde adquirido novamente pela LAND ROVER que o restaurou, estando hoje em perfeito estado em exposição permanente na British Motor Industry Heritage Trust (BMIHT).
Maurice conseguiu, finalmente, em Junho de 1948, levar o seu primeiro LAND ROVER para a praia de Red Wharf Bay. Era o Series I com o chassis R28, matriculado GWD 745 a 15/6/48.
Para a história ficam também todos os protagonistas na fábrica, a saber, Maurice Wilks (Director Técnico), Robert Boyle (Engenheiro Chefe), Tom Barton e Gordon Bashford (Gabinete de Desenho), Joe Drinkwater (Motores), Frank Shaw (Transmissões) e o autor do desenho final do Séries I, Sam Ostler. Em 1954, Tom Barton seria nomeado Director de Desenvolvimento da LAND ROVER, uma posição que manteve por cerca de 25 anos, até à sua reforma em 1980, ficando carinhosamente conhecido como o Sr. LAND ROVER.
A chegada dos primeiros LAND ROVER a Portugal, e são 6, dá-se em Outubro de 1948, mas isso já é uma outra história.
---------------------------------------------------------------------------------- Parabéns, Gostei mesmo deste "artigo".
... A altura de um grande Clube !!!!
Cumprimentos
A.J.Brandão
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História e Estórias da LAND ROVER
Fantástico senhor Presidente.
Obrigado por nos brindar com este documentário histórico.
Muitas e muitas horas de pesquisa para a reunião de todos estes dados.
Em portugal, para além dos serviços de arquivo nada saberem sobre o que lhes é de pertença, não permitem que o publico interessado pesquise. É deveras lamentavel.
Sr. Presidente, este seu documentário deveria ser publicado numa revista [ex: Land Portugal / Espanha] na integra para dar a conhercer as bases históricas da LAND ROVER a um publico mais extenso.
Mais uma vez o felicito e incentivo a continuar com este processo histórico.
Abraço,
Rui Mendes nº 224
Obrigado por nos brindar com este documentário histórico.
Muitas e muitas horas de pesquisa para a reunião de todos estes dados.
Em portugal, para além dos serviços de arquivo nada saberem sobre o que lhes é de pertença, não permitem que o publico interessado pesquise. É deveras lamentavel.
Sr. Presidente, este seu documentário deveria ser publicado numa revista [ex: Land Portugal / Espanha] na integra para dar a conhercer as bases históricas da LAND ROVER a um publico mais extenso.
Mais uma vez o felicito e incentivo a continuar com este processo histórico.
Abraço,
Rui Mendes nº 224
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Bom dia!
Obrigado a todos pelo incentivo.
Quanto ao comentário do nevis, está perfeitamente correcto. A LR queria, de facto, construir um tractor mais versátil que os habituais para a época (ou mesmo os de hoje), e a ideia do volante ao centro virá daí.
É de recordar que os Willys que serviram de base ao LR não tinham tomada de força. A tomada de força apenas servia para ligar alfaias agricolas, motores de água ou equipamentos de solda (os famosos SI Welder, rarissimos).
Pode-se ver (mal ) um welder no lado esquerdo da foto junto de um dos preprodução transformado para serviço de bombeiros.
Interessantes são também os relatórios de utilização que os agricultores da época davam à LAND ROVER. Já li alguns e são documentos fantásticos, onde os utilizadores apontavam tudo o que achavam podia ser diferente na máquina para ser mais eficaz enquanto veiculo de trabalho. Penso que esta terá sido a base das capacidades das nossas máquinas fora de estrada.
Abraço,
Obrigado a todos pelo incentivo.
Quanto ao comentário do nevis, está perfeitamente correcto. A LR queria, de facto, construir um tractor mais versátil que os habituais para a época (ou mesmo os de hoje), e a ideia do volante ao centro virá daí.
É de recordar que os Willys que serviram de base ao LR não tinham tomada de força. A tomada de força apenas servia para ligar alfaias agricolas, motores de água ou equipamentos de solda (os famosos SI Welder, rarissimos).
Pode-se ver (mal ) um welder no lado esquerdo da foto junto de um dos preprodução transformado para serviço de bombeiros.
Interessantes são também os relatórios de utilização que os agricultores da época davam à LAND ROVER. Já li alguns e são documentos fantásticos, onde os utilizadores apontavam tudo o que achavam podia ser diferente na máquina para ser mais eficaz enquanto veiculo de trabalho. Penso que esta terá sido a base das capacidades das nossas máquinas fora de estrada.
Abraço,
Saudações LR,
Rui Marinho
Rui Marinho
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Boas a todos
Não com o intuito de continuar o excelente texto do homonimo Rui Marinho, acrescento alguns topicos engraçados da historia LAND ROVER e tambem datas mais importantes.
Na edição nº 21 da Land Portugal, a primeira parte da historia da marca está retratada portanto a não perder dentro de uma semana nas bancas.
..." O famoso logótipo oval da LAND ROVER sofreu muitas alterações ao longo da sua história de 60 anos. Diz-se que a inspiração original veio de uma lata de sardinhas. Era o almoço de um dos designers, deixou uma marca no seu estirador que ele copiou para criar o logótipo do veículo."...
SABIA QUE?
MAURICE WILKS CONCEBEU O LAND ROVER COMO SUBSTITUTO PARA UM JIPE WILLYS QUE UTILIZAVA NOS SEUS TERRENOS.
SABIA QUE?
DESDE 1954 QUE A LAND ROVER FORNECE VEÍCULOS À CRUZ VERMELHA – O PRIMEIRO DOS QUAIS FOI UM DISPENSÁRIO MÓVEL NO DUBAI.
SABIA QUE?
UM LAND ROVER APARECEU NO FILME “ICE COLD IN ALEX”, EMBORA A ÉPOCA DO FILME SOBRE A 2ª GUERRA MUNDIAL SE SITUASSE ANOS ANTES DA FUNDAÇÃO DA LAND ROVER.
SABIA QUE?
A LAND ROVER TEM COMO OBJECTIVO ANGARIAR UM MILHÃO DE LIBRAS PARA A CRUZ VERMELHA NO DECORRER DO MAIS RECENTE G4 CHALLENGE.
SABIA QUE?
O RANGE ROVER ATRAVESSOU O ESTREITO DE DARIEN PARA A AMÉRICA DO SUL EM 1972?
SABIA QUE?
OS PROTÓTIPOS RANGE ROVER APRESENTAVAM LOGÓTIPOS ‘VELAR’ – GUARDAR EM ESPANHOL – NAS GRELHAS PARA CONFUNDIR QUE OS VISSE A CIRCULAR.
SABIA QUE?
O RANGE ROVER ORIGINAL FOI UM DOS PRIMEIROS VEÍCULOS A INCORPORAR UMA COLUNA DE DIRECÇÃO RETRÁCTIL PARA MAIOR SEGURANÇA EM CASO DE EMBATE.
SABIA QUE?
O LAND ROVER DISCOVERY FOI O PRIMEIRO VEÍCULO FORA DE ESTRADA A INCORPORAR DOIS AIRBAGS.
SABIA QUE?
O DESIGN DO HABITÁCULO DO PRIMEIRO DISCOVERY FOI BASEADO NUM CONCEITO DA CONRAN DESIGN.
SABIA QUE?
EM 2007 A LAND ROVER ANUNCIOU UM PLANO DE INVESTIMENTO DE 700 MILHÕES DE LIBRAS EM NOVAS TECNOLOGIAS PARA MELHORIA DAS PRESTAÇÕES AMBIENTAIS DOS NOSSOS VEÍCULOS.
SABIA QUE?
O PROGRAMA PIONEIRO DE COMPENSAÇÃO DAS EMISSÕES DE CO2 DA LAND ROVER FOI LANÇADO NO REINO UNIDO EM 2006, COMPENSANDO AS EMISSÕES DE VEÍCULOS NOVOS NOS PRIMEIROS 72.500 QUILÓMETROS. O PROGRAMA SERÁ INTRODUZIDO NOUTROS MERCADOS EM 2008.
SABIA QUE?
SE O PROTÓTIPO LRX SE TORNAR EM REALIDADE, AS SUAS EMISSÕES REDUZIDAS DO MOTOR DIESEL RESULTARIAM NA ISENÇÃO DA PORTAGEM DE ENTRADA EM LONDRES.
SABIA QUE?
O FREELANDER FOI O SUV MAIS VENDIDO NA EUROPA NOS PRIMEIROS 5 ANOS APÓS O SEU LANÇAMENTO.
SABIA QUE?
O MOTOR BITURBO V8 DIESEL DO RANGE ROVER SPORT DESENVOLVE 640 NM DE BINÁRIO?
SABIA QUE?
O REVESTIMENTO EM ‘CAMURÇA’ DO FORRO DO TEJADILHO DO LRX É UM MATERIAL 100% RECICLADO PRODUZIDO A PARTIR DE GARRAFAS DE PLÁSTICO USADAS.
Portanto mais que razões de sobra para considerar a LAND ROVER, o melhor veiculo todo o terreno do mundo.
Quanto a datas, ficam para já:
MARCOS HISTÓRICOS
1948 LAND ROVER SÉRIE I. O ‘amigo do agricultor’ estreia-se na Inglaterra do pós guerra
1949 VERSÃO MILITAR: Encomendas dos primeiros LAND ROVER para o Exército Britânico
1953 Lançamento da versão Long Wheelbase
1958 Lançamento do LAND ROVER Série II com design mais apurado
1966 LAND ROVER nº 500.000
1970 RANGE ROVER: Lançamento da gama icónica da LAND ROVER na versão duas portas
1976 LAND ROVER nº 1.000.000 é produzido em Junho.
1981 O Camel Trophy utiliza exclusivamente veículos LAND ROVER
1982 Lançamento do Range Rover de quatro portas
1989 DISCOVERY: Lançamento da terceira gama LAND ROVER
1990 DEFENDER: O LAND ROVER original relançado com um novo nome
1992 Suspensão pneumática introduzida no Range Rover – uma estreia mundial no mercado 4x4
1993 Vendido o Defender nº 1.500.000
1995 Produção LAND ROVER atinge 100.000 veículos por ano
1997 FREELANDER: Lançamento da quarta gama LAND ROVER
2002 3a GERAÇÃO RANGE ROVER: Lançamento do novo Range Rover
2004 DISCOVERY 3: Lançamento da última geração Discovery
2005 RANGE ROVER SPORT: Início da comercialização do popular sports tourer
2006 A LAND ROVER introduz o programa inovador de compensação das emissões de CO2 para todos os veículos no Reino Unido
2006 Lançamento do Freelander 2. A produção inicia-se nas instalações galardoadas de Halewood em Merseyside
2007 Recorde de vendas de 226.000 veículos
2008 LAND ROVER LRX: Protótipo LRX revela o futuro da LAND ROVER
Para mais não perca a Land Portugal nº 21
Não com o intuito de continuar o excelente texto do homonimo Rui Marinho, acrescento alguns topicos engraçados da historia LAND ROVER e tambem datas mais importantes.
Na edição nº 21 da Land Portugal, a primeira parte da historia da marca está retratada portanto a não perder dentro de uma semana nas bancas.
..." O famoso logótipo oval da LAND ROVER sofreu muitas alterações ao longo da sua história de 60 anos. Diz-se que a inspiração original veio de uma lata de sardinhas. Era o almoço de um dos designers, deixou uma marca no seu estirador que ele copiou para criar o logótipo do veículo."...
SABIA QUE?
MAURICE WILKS CONCEBEU O LAND ROVER COMO SUBSTITUTO PARA UM JIPE WILLYS QUE UTILIZAVA NOS SEUS TERRENOS.
SABIA QUE?
DESDE 1954 QUE A LAND ROVER FORNECE VEÍCULOS À CRUZ VERMELHA – O PRIMEIRO DOS QUAIS FOI UM DISPENSÁRIO MÓVEL NO DUBAI.
SABIA QUE?
UM LAND ROVER APARECEU NO FILME “ICE COLD IN ALEX”, EMBORA A ÉPOCA DO FILME SOBRE A 2ª GUERRA MUNDIAL SE SITUASSE ANOS ANTES DA FUNDAÇÃO DA LAND ROVER.
SABIA QUE?
A LAND ROVER TEM COMO OBJECTIVO ANGARIAR UM MILHÃO DE LIBRAS PARA A CRUZ VERMELHA NO DECORRER DO MAIS RECENTE G4 CHALLENGE.
SABIA QUE?
O RANGE ROVER ATRAVESSOU O ESTREITO DE DARIEN PARA A AMÉRICA DO SUL EM 1972?
SABIA QUE?
OS PROTÓTIPOS RANGE ROVER APRESENTAVAM LOGÓTIPOS ‘VELAR’ – GUARDAR EM ESPANHOL – NAS GRELHAS PARA CONFUNDIR QUE OS VISSE A CIRCULAR.
SABIA QUE?
O RANGE ROVER ORIGINAL FOI UM DOS PRIMEIROS VEÍCULOS A INCORPORAR UMA COLUNA DE DIRECÇÃO RETRÁCTIL PARA MAIOR SEGURANÇA EM CASO DE EMBATE.
SABIA QUE?
O LAND ROVER DISCOVERY FOI O PRIMEIRO VEÍCULO FORA DE ESTRADA A INCORPORAR DOIS AIRBAGS.
SABIA QUE?
O DESIGN DO HABITÁCULO DO PRIMEIRO DISCOVERY FOI BASEADO NUM CONCEITO DA CONRAN DESIGN.
SABIA QUE?
EM 2007 A LAND ROVER ANUNCIOU UM PLANO DE INVESTIMENTO DE 700 MILHÕES DE LIBRAS EM NOVAS TECNOLOGIAS PARA MELHORIA DAS PRESTAÇÕES AMBIENTAIS DOS NOSSOS VEÍCULOS.
SABIA QUE?
O PROGRAMA PIONEIRO DE COMPENSAÇÃO DAS EMISSÕES DE CO2 DA LAND ROVER FOI LANÇADO NO REINO UNIDO EM 2006, COMPENSANDO AS EMISSÕES DE VEÍCULOS NOVOS NOS PRIMEIROS 72.500 QUILÓMETROS. O PROGRAMA SERÁ INTRODUZIDO NOUTROS MERCADOS EM 2008.
SABIA QUE?
SE O PROTÓTIPO LRX SE TORNAR EM REALIDADE, AS SUAS EMISSÕES REDUZIDAS DO MOTOR DIESEL RESULTARIAM NA ISENÇÃO DA PORTAGEM DE ENTRADA EM LONDRES.
SABIA QUE?
O FREELANDER FOI O SUV MAIS VENDIDO NA EUROPA NOS PRIMEIROS 5 ANOS APÓS O SEU LANÇAMENTO.
SABIA QUE?
O MOTOR BITURBO V8 DIESEL DO RANGE ROVER SPORT DESENVOLVE 640 NM DE BINÁRIO?
SABIA QUE?
O REVESTIMENTO EM ‘CAMURÇA’ DO FORRO DO TEJADILHO DO LRX É UM MATERIAL 100% RECICLADO PRODUZIDO A PARTIR DE GARRAFAS DE PLÁSTICO USADAS.
Portanto mais que razões de sobra para considerar a LAND ROVER, o melhor veiculo todo o terreno do mundo.
Quanto a datas, ficam para já:
MARCOS HISTÓRICOS
1948 LAND ROVER SÉRIE I. O ‘amigo do agricultor’ estreia-se na Inglaterra do pós guerra
1949 VERSÃO MILITAR: Encomendas dos primeiros LAND ROVER para o Exército Britânico
1953 Lançamento da versão Long Wheelbase
1958 Lançamento do LAND ROVER Série II com design mais apurado
1966 LAND ROVER nº 500.000
1970 RANGE ROVER: Lançamento da gama icónica da LAND ROVER na versão duas portas
1976 LAND ROVER nº 1.000.000 é produzido em Junho.
1981 O Camel Trophy utiliza exclusivamente veículos LAND ROVER
1982 Lançamento do Range Rover de quatro portas
1989 DISCOVERY: Lançamento da terceira gama LAND ROVER
1990 DEFENDER: O LAND ROVER original relançado com um novo nome
1992 Suspensão pneumática introduzida no Range Rover – uma estreia mundial no mercado 4x4
1993 Vendido o Defender nº 1.500.000
1995 Produção LAND ROVER atinge 100.000 veículos por ano
1997 FREELANDER: Lançamento da quarta gama LAND ROVER
2002 3a GERAÇÃO RANGE ROVER: Lançamento do novo Range Rover
2004 DISCOVERY 3: Lançamento da última geração Discovery
2005 RANGE ROVER SPORT: Início da comercialização do popular sports tourer
2006 A LAND ROVER introduz o programa inovador de compensação das emissões de CO2 para todos os veículos no Reino Unido
2006 Lançamento do Freelander 2. A produção inicia-se nas instalações galardoadas de Halewood em Merseyside
2007 Recorde de vendas de 226.000 veículos
2008 LAND ROVER LRX: Protótipo LRX revela o futuro da LAND ROVER
Para mais não perca a Land Portugal nº 21
Com os melhores cumprimentos
RUI MELO
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Director
Revista Land Portugal
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